Coloque em prática

Cinco motivos para integrar os idosos

As políticas de integração que hoje podem decidir a vida das gerações mais velhas e traçar o futuro dos que ainda não envelheceram.

27 de Agosto de 2018


A escritora e jornalista norte-americana Ann Landers resumiu bem a indiferença da sociedade em relação ao idoso: “Aos 20 anos, estamos preocupados com o que os outros pensam de nós. Com 40 anos, não importa mais o que pensam de nós. E aos 60 anos, descobrimos que eles não pensam sobre nós.” Em breve essa realidade pode mudar à medida que os adultos com mais de 60 anos se tornam o maior grupo demográfico dos Estados Unidos. Os ganhos sem precedentes de expectativa de vida terão profundos efeitos sobre o futuro de toda a sociedade. As políticas de integração que hoje podem decidir a vida das gerações mais velhas e traçar o futuro dos que ainda não envelheceram. Por isso, as gerações mais jovens precisam pensar como os idosos podem participar e ter pleno direito na sociedade. Trata-se de uma questão a ser resolvida pela sociedade em geral. Abaixo, cinco questões importantes para serem refletidas.
  1. Recurso humano disponível. Aumentar a contribuição econômica do idosos é ganho social. A experiência e a capacidade sêniores precisam ser aproveitadas para dar impulso à economia. Por exemplo, como mentores de estudantes, de jovens empresários e de proprietários de pequenas empresas. Os especialistas em artes e música podem restaurar programas nessas áreas em escolas que foram vítimas de cortes extensivos de verbas. As possibilidades são infinitas.
  2. Aumento exponencial. Uma criança que nasce hoje tem boa chance de viver até os 100 anos. Quanto mais a população avança na idade, maior será a quantidade de idosos e menor a de jovens. Como uma mão-de-obra vastamente diminuída carregará um contingente de aposentados em expansão é um enigma econômico crítico.
  3. Novas regras. Quando os idosos forem maioria, a forma como vivemos – o trabalho, o amor e o lazer – mudarão. Isso não deve ser uma surpresa, pois as pessoas mais velhas diferem das gerações mais jovens de maneiras significativas – em valores, prioridades, gostos e preferências na moda, na televisão, nos filmes e nas novas tecnologia. Lembrando que, em geral, é a maioria quem dita as regras.
  4. Poder político. Além do aumento em número, os idosos estão mais atuantes na política. A porcentagem de norte-americanos mais velhos que votaram nas últimas eleições foi maior do que o de qualquer outra faixa etária.
  5. Consumidores potenciais. Mais importante ainda, essa população sênior não só contribuirá para a economia em geral, mas também mudará a imagem que o mercado tem dos potenciais consumidores. Nenhum outro movimento demográfico trouxe até agora tantas mudanças e promessa para a criação de uma sociedade mais integrada e ainda mais tolerante às diferenças. Leia o artigo completo aqui.
Fonte: Bernard Starr Síntese: Equipe Plenae

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Coloque em prática

O que são “microestresses” e como evitá-los

Termo utilizado por pesquisadores de Harvard apontam para eventos cotidianos que têm relação com as nossas interações diárias

21 de Agosto de 2020


Fim de mais um dia de trabalho. Você desliga o computador, se desloca até a sua casa e aguarda ansiosamente pela sensação de pleno descanso e conforto, seguida de uma noite longa de sono sem interrupções. Mas nem sempre essa é a realidade. Por que isso acontece?

Porque você, provavelmente, está esgotado. E esse esgotamento é, muitas vezes, proveniente não só de um grande episódio estressante, mas de pequenos estresses acumulados ao longo do dia, que te impedem de simplesmente desligar.

Por que chegamos ao fim do dia tão exaustos mesmo em dias "calmos"? Segundo artigo dos pesquisadores de Harvard para a revista digital da instituição, Rob Cross, Jean Singer e Karen Dillon, o fenômeno do microestresse é real e pode afetar mais do que você imagina.


O que é ele, afinal?

Como já diz o seu nome, microestresses são pequenos desequilíbrios ao longo do nosso dia que chegam até nós nem sempre por vias agressivas. Ou seja, o estereótipo de irritabilidade, fúria ou um grande embate é sim relevante, mas não faz parte desse termo que aqui estamos tratando.

O microestresse mora, sobretudo, na interação que temos com outros seres humanos, tanto dentro quanto fora do trabalho. E, não fosse o seu resultado catastrófico quando acumulado, ele poderia até mesmo passar despercebido.

Isso porque um ruído na comunicação entre duas pessoas, uma parte do trabalho que ficou por fazer, a velocidade de um outro alguém que não está sincronizada com a sua, um comportamento imprevisível de alguém acima de você, pessoas com uma energia negativa contagiosa, responsabilidades que surgem de repente - tudo isso pode ocasionar um microestresse sem necessariamente um rompante de fúria.

Muitas vezes, conflitos velados passam desapercebidos em nossas interações ao longo do dia. E é aí que mora o perigo: nós passamos a aceitar esses momentos como parte natural dos nossos dias e relacionamentos. O tema, que foi objeto de estudo dos três pesquisadores mencionados ainda no começo dessa matéria, é tão consistente, que chegou até mesmo à categorizações dos microestresses, que são:

  • Microestresses que tomam seu tempo disponível para lidar com as demandas da vida;
  • Microestresses que esgotam suas reservas emocionais;
  • Microestresses que desafiam sua própria identidade e seus valores.

E aí, o que parecia um desafio momentâneo a ser solucionado ali, de forma rápida e prática, pode demandar muito mais de nós mesmos do que você imaginava. A situação pode até estar contida, mas ela deixou registros na sua psique.

Quais são esses registros ?

Como já se sabe, o estresse te torna mais suscetível a desenvolver doenças crônicas, ou de natureza emocional. Estima-se que de 60% a 80% das idas ao médicos são resultado de queixas ocasionadas pelo estresse. Ele já é inclusive considerado um perigo para o local de trabalho, algo que pode não só reduzir o desempenho e a produtividade, mas gerar uma incapacitação e até afastamento de um funcionário.

Já no caso dos microestresses, o resultado mais comum é mesmo o esgotamento, que muitas vezes pode aparecer sem nenhum motivo, mas quando olhado mais de perto, deixa transparecer que houve uma sucessão de acontecimentos sem grande gravidade aparente, mas que levaram o indivíduo até ali.

Atualmente, vivenciamos um episódio de microestresse que pode afetar a todos nós: a pandemia. Por mais saudáveis que estejamos, sem nenhum familiar acometido pela covid-19, diariamente somos bombardeados com notícias difíceis de serem digeridas. Além disso, há uma tensão no ar em panoramas globais pela falta de perspectiva de melhoras.

A quantidade de novidades que o “novo normal” trouxe consigo pode ser também um microestresse. Adaptação ao home office, novas preocupações com o futuro, mudança e aprimoramento da rotina de higiene, saudades do contato humano. Tudo isso pode parecer passageiro, mas à longo prazo, gera sintomas no indivíduo.

O que fazer

  • Você deve, ao menor sinal de estresse, descomprimir. Aperte o pause, respire, desligue o seu computador, vá caminhar. Sinta a vida ao seu redor em toda a sua potência e perceba o seu estado de espírito quando não exposto ao problema. É justamente ele que você quer para a sua vida.
  • Uma vez afastado do problema, você consegue elaborá-lo melhor e ter mais clareza, conseguindo até mesmo desabafar sobre o assunto caso isso seja eficaz para você. Esse distanciamento também evidencia exatamente a fonte do problema.
  • Localize e isole dois ou três episódios de microestresses e entenda o que os ocasionou. Como eles podem ser numerosos, será muito difícil mapear todos, mas localizando alguns poucos e entendendo seus gatilhos já pode te ajudar. Atenção redobrada aqui nesse item ao que você considera “normal” em sua vida. Geralmente é justamente na repetição que mora o microestresse, a ponto de já ser considerado parte do seu cotidiano.
  • Assumindo que esse problema pode estar relacionado às suas relações, é hora então de revê-las. Invista em relacionamentos mais leves, mas tendo a consciência de que é impossível blindar-se de todo e qualquer problema que porventura possa surgir.
  • Livrou-se de pessoas tóxicas e ainda assim se sente esgotado? Ingresse em práticas meditativas, de mindfulness ou até um diário de gratidão - tudo que funcionar como uma válvula de escape mental e espiritual. Lembre-se também de sempre manter os bons hábitos alimentares e físicos, se alimentando de forma equilibrada, exercitando-se e dormindo bem.
  • Aceite que o estresse existe, mas não deve ser o seu destino. Como dissemos nesta matéria , é importante fazer as pazes com o estresse. Isso não quer dizer que você deve estar exposto a ele o tempo todo, pois não há dica no mundo que ajude um indivíduo que está constantemente em estado de estresse.

Agora que você já sabe a provável natureza do seu cansaço, faça pequenas mudanças no seu dia a dia. Esteja mais atento ao seu redor e às situações que parecem inofensivas de cara. Lembre-se: a junção de todas elas resulta em uma versão sua mais esgotada e improdutiva. Sua vida deve ser feita de bons hábitos, entre eles, um cotidiano mais relaxado.

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