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O que é propósito e por que precisamos dele?

Propósito traz benefício econômico para empresas e pessoais para funcionários

6 de Agosto de 2019


As pessoas gastam, em média, 90 mil horas no trabalho ao longo de suas vidas. Portanto, não é de surpreender que 9 em 10 trabalhadores topariam ganhar menos em troca de um trabalho com mais propósito. Mas, afinal, o que é propósito? Nós realmente precisamos ter isso?

A definição mais básica de propósito é a pergunta "por que": por que alguém está desempenhando uma tarefa, por que uma tarefa é importante para um trabalho, por que um trabalho é importante para uma organização. O resultado é como se a tarefa, o trabalho e a organização fossem significativos. "O propósito faz parte do nosso DNA", diz Jacinta Jimenez, psicóloga e chefe de coaching da plataforma de desenvolvimento de liderança BetterUp.

“Temos um desejo inerente de fazer parte de algo que é maior do que nós”, acrescenta Elizabeth Lotardo, vice-presidente da McLeod & More, empresa de consultoria em desenvolvimento de liderança. "Tem muito peso ver o impacto do seu trabalho sobre outra pessoa, outra comunidade e o mundo", diz Lotardo.

Bom para todos

No momento, apenas 34% dos funcionários dizem estar engajados no trabalho, e a falta de engajamento custa US$ 500 bilhões por ano às empresas americanas. “As organizações estão vendo os benefícios econômicos, enquanto as pessoas enxergam benefícios pessoais”, diz Lotardo.

"Coletivamente, o mundo está se movendo em direção a um senso de propósito." Uma pesquisa feita por Amy Wrzesniewski, professora de administração da Universidade Yale, afirma que os indivíduos podem transformar seus empregos atuais naqueles que desejam por meio de um processo chamado “construção de emprego”.

Um exemplo disso pode ser encontrado em um estudo em que Wrzesniewski entrevistou a equipe de limpeza de um hospital e descobriu que nem todos os funcionários viam a profissão da mesma maneira. Alguns disseram tratar-se de uma função altamente qualificada, enquanto outros responderam o oposto.

Quando perguntados sobre os cargos, alguns funcionários informavam seus títulos oficiais, enquanto outros usavam nomes não oficiais, como “curandeiro”. Os faxineiros tinham involuntariamente elaborado seu entendimento de suas posições, provando que uma mudança de perspectiva pode inserir senso de propósito em qualquer trabalho. O propósito é algo que pode mudar - e tudo bem.

"O que impulsiona uma pessoa aos 20 anos pode ser muito diferente aos 40 ou 50 anos", diz Jimenez. Mas as razões pelas quais o trabalho com propósito é importante sempre serão as mesmas, ela diz. “Quando você cria valor para a sua organização e contribui com ele, seu trabalho terá mais propósito.”

Fonte: Samantha Todd, para Forbes
Síntese: Equipe Plenae
Leia o artigo completo aqui.

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Evento Plenae: O Futuro da Saúde e da Medicina

Já existe uma série de descobertas muito significativas, mas em áreas diversas da medicina, que precisam ser interligadas.

29 de Junho de 2018


Dono de um discurso muito rápido e encadeado, Daniel Kraft é especialista em medicina exponencial e sócio-diretor na Singularity University, um centro norte-americano de formação educacional muito diferente da maioria das escolas do mundo. Essa universidade está voltada a preparar os líderes das maiores organizações do globo para o futuro. E hoje, para Kraft, o sinônimo de futuro é tecnologia. Ele é formado em Medicina pela Universidade de Stanford, em Bioquímica pela Brown com residência em Harvard no Hospital Geral de Massachusetts e no Hospital Infantil de Boston. Mais recentemente fundou a Bioniq Health, focada em medicina personalizada. Com base nessa experiência, Kraft deu uma palestra na abertura oficial do Plenae, em maio, em São Paulo, conectando realidade, perspectiva de futuro e tecnologia em saúde. “A tecnologia está acelerando numa velocidade incrível. Temos oportunidade de melhorar a saúde”, disse logo na abertura. Segundo ele, já existe uma série de descobertas muito significativas, mas em áreas diversas da medicina, que precisam ser interligadas. “Para que todos aproveitem o máximo desse avanço, falta ainda conectar pontos estratégicos de progresso”. “Por exemplo, sou médico pediatra e hematologista. Quando vou ao hospital de Stanford ou Massachusetts, parece que estou no futuro. Agora, digitamos ao invés de escrever a mão. Ao mesmo tempo, na recepção ainda usam fax e os pacientes precisam esperar horas para falar com os médicos”. Hoje, as pessoas que são tratadas de uma doença crônica possuem um registro intermitente de seus dados. Elas são submetidas a muitos exames constantes. A informação é todas as vezes repassada aos médicos. O que isso significa? De acordo com Kraft, ainda temos uma medicina reativa e um seguro de saúde de reembolso. Espera-se o paciente ficar doente, ter um AVC, por exemplo, para ser tratado. “Precisamos prevenir, otimizar a saúde. Já está na hora de praticarmos uma medicina de evidência.” Atualmente, já existem vários aplicativos para os pacientes escolherem o remédio com o melhor preço e para avaliar hospitais e médicos. O iPhone, por exemplo, já virou um dispositivo médico. O computador já cabe em um relógio que pode trazer um diagnóstico. No cotidiano, a “uberização” das coisas já é uma realidade. “A empresa Uber conectou motoristas diretamente aos potenciais passageiros. Logo, haverá um aplicativo para ligar os médicos aos pacientes, às farmácias e aos hospitais.” Do mesmo modo que muitas coisas chegam às pessoas pelo aplicativo, o mesmo processo acontecerá com a saúde. “Já existem drones que levam remédios a locais inóspitos, inacessíveis. Precisamos ligar os pontos para trazer essa tecnologia para a saúde.” “Há dez anos a empresa de telefones Nokia era líder em celular. Hoje, a Apple domina. Imagine o que pode acontecer em dez anos”, diz Kraft, lembrando que muitos de nós pensamos linearmente, mas que precisamos pensar exponencialmente. “Não queremos quebrar paradigmas. A Singularity não é uma universidade convencional. Reunimos pessoas inteligentes para entender a tecnologia e descobrir como usá-la para resolver problemas com a pobreza, a saúde e tantas outras questões. Eu comecei a medicina exponencial. Temos 50 brasileiros. A dificuldade não está nas novas ideias, mas em escapar das velhas.” Sabe-se hoje que o uso de muito álcool e o estresse podem levar a doenças. Então, Kraft faz a seguinte sugestão: “se começássemos a medir nosso comportamento cardiorrespiratório com sensores colocados no pulmão, por exemplo. É possível, por meio de aplicativos portáteis, medir o peso, a massa muscular, formato do corpo e a glicemia – há uma lente de contato que checa esse item do sangue, por exemplo.” Ele vai além, dando exemplos rotineiros. “Temos uma postura ruim ao falar ao telefone, o que poderia ser resolvido se existisse um dispositivo para colocar nas costas e melhorar a saúde. Avaliar o número de passos que dou por dia e a qualidade do sono também é possível.” Segundo ele, a Apple já comprou empresas de sensores que podem ser colocados sob do colchão. Verificar a qualidade do hálito. Bafômetro para detectar doenças. Sensores para medir tremores, calorias e até a umidade de uma fralda. Airbags para evitar a queda de idosos. Câmeras para medir a taxa respiratória de um bebê seriam uma tranquilidade para as mães. “Dá para pensar em tudo isso, mas ninguém quer usar dez aplicativos diferentes. É preciso interligar tudo”, avisa o especialista. Realidade virtual. É fantástico como a RV está ficando cada vez mais barata. Kraft avisa que se trata de um forma fantástica de estar em uma montanha-russa, por exemplo. “Essa tecnologia pode ser usada para uma terapia. Pode-se usar isso para educação, para aprender coisas mais complexas sobre cirurgias e mesmo para democratizar a medicina.” Hoje, os pilotos usam dessa ferramenta para ter aulas de voo ou aprender a dirigir novas aeronaves. Mas, a RV poderia ser usada pela medicina para que o cirurgião praticasse uma cirurgia antes que ela acontecesse. “O preço está mais acessível. Sequenciar o genoma está mais barato – sai por apenas 200 dólares - mas com isso, eu consigo comprar as drogas que são mais adequadas para o meu corpo”, diz Kraft. Isso possibilita que tudo seja personalizado, da dieta ao exercício físico. “Não pense como estamos agora. Pense exponencialmente como estaremos em uma década”, conclui.

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