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Exercício leve pode ajudar a proteger contra o Alzheimer

Você nem precisa dar 10.000 passos por dia para obter o benefício, sugere uma nova pesquisa

30 de Agosto de 2019


Você já sabe que o exercício é importante para manter seu corpo saudável à medida que envelhece. No entanto, mais e mais pesquisas sugerem que ele também desempenha um papel em manter sua mente afiada. A atividade física pode, inclusive, ajudar a proteger contra o Alzheimer, um distúrbio cerebral progressivo marcado por problemas de memória e declínio cognitivo. De acordo com nova pesquisa publicada no periódico JAMA Neurology, você nem precisa exagerar nos exercícios para receber esses benefícios.

Pesquisa

Os pesquisadores analisaram 182 idosos com idade média de 73 anos. Os participantes usaram um pedômetro para contar quantos passos davam por dia. No estudo, os cientistas queriam verificar se mais atividade física levaria a uma desaceleração do acúmulo de beta-amiloide, um tipo de proteína que se acumula no cérebro e interrompe os sinais de comunicação entre as células. A beta-amiloide é considerada uma das maiores responsáveis pelo Alzheimer.

Resultado

Durante sete dias consecutivos, os passos dos participantes foram registrados. Os pesquisadores descobriram que uma maior atividade física durante o acompanhamento estava associada a um acúmulo mais lento de beta-amiloide. E não é como se essas pessoas de repente começaram a ir ao CrossFit.

Os benefícios cerebrais foram observados com um pequeno aumento na prática de exercícios - de 5.600 para 8.900 passos por dia. "O ponto principal é que tudo conta quando se fala de atividade física", disse à Runner's World o co-autor do estudo, Jasmeer Chhatwal, professor assistente de neurologia da Harvard Medical School.

Explicação

Ainda não se sabe por que o exercício causa esse efeito, acrescentou Chhatwal. Porém, estudos anteriores vincularam a atividade física a um bom ritmo circadiano, associado à melhora a qualidade do sono. E, como a ciência sabe, o sono é crucial para a limpeza de proteínas que prejudicam o cérebro.

O estudo também analisou fatores de risco vasculares - como pressão alta, diabetes, tabagismo e obesidade -, mas os resultados não foram tão notáveis, segundo Chhatwal. Segundo os pesquisadores, o estudo tem limitações. Primeiro, o rastreamento foi feito apenas por uma semana. Segundo, a intensidade dos passos não foi medida. No entanto, Chhatwal disse que este é um bom ponto de partida para observar a forte conexão entre exercício e a boa saúde cerebral.

Fonte: Elizabeth Millard, para Runner's World
Síntese: Equipe Plenae
Leia o artigo original aqui.

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A amizade em tempos de pandemia

Hoje é o dia do amigo! E o distanciamento social nos fez ver na prática o que estudos já concluíram há tempos: é preciso ter amigos, mas na medida certa

20 de Julho de 2021


Dia 20 de julho comemora-se o Dia do Amigo. Amizade é um tema amplamente explorado pela cultura pop. Prova disso é o sucesso de séries como Friends, que celebrou recentemente um episódio extra , 17 anos após o seu fim. Os estúdios Pixar de animação também decidiram trazer o tema à tona com o mais novo longa-metragem, Luca , onde a união entre dois meninos é o tema central do enredo.

Há ainda clássicos como Gilmore Girls , que trata da amizade especial entre uma mãe e uma filha, ou a sitcom premiada The Office , que traz à luz as amizades no ambiente de trabalho e, por fim, há ainda o Método Kominsky , que retrata a amizade na terceira idade. Em livros, o tema também não para por aí. A tetralogia Amiga Genial, da italiana Elena Ferrante, foi uma febre tão grande que se tornou também série .

Os exemplos, é claro, são infinitos. O fato é que o tema do companheirismo, esse elo tão potente que nos une, foi investigado e reinvestigado e filmado e escrito - de tão potente que é para nossas vidas.


O lado bom das amizades

Lembra do estudo mais antigo da história, iniciado em 1937 pela Universidade de Harvard e ainda em curso? Já falamos dele por aqui, mas o que não dissemos é que, para estudar saúde humana - seu tema central - é preciso necessariamente falar de amigos e sua influência em nossas vidas.

Voluntários de diferentes idades e perfis precisam responder ao mesmo questionamento: o que faz uma pessoa ser saudável? Alimentação, rotina e até riqueza são respostas que esperamos, mas o que mais se ouve são “amigos”. Para os avaliados, ter uma vida social e boas aptidões sociais é um dos principais indicadores de bem-estar na vida de um ser humano.

Não por coincidência, é um dos fatores apontados como responsáveis por uma vida longa, nas chamadas blue zones - que também já falamos neste artigo e neste também. Por lá, além de fatores como cidades mais ativas e maior acesso a saúde, há também comunidades muito fortalecidas entre si, que operam prosperando na vida desses moradores.

Ainda segundo pesquisadores da Universidade Duke, pessoas com menos de 4 amigos oferecem o dobro de propensão a terem doenças cardíacas, já que a ocitocina - hormônio ligado ao bem-estar e muito estimulado em interações sociais - age diminuindo a adrenalina e, por sua vez, o estresse e todos os males que com ele vem. Esse processo fisiológico fica ainda mais intenso quando trata-se de um novo amigo, mas sabemos que fazer novas amizades vai se tornando mais difícil com o passar da vida e suas novas responsabilidades.

Tempos pandêmicos

Investigamos por aqui o que esperar dos relacionamentos pós-pandemia . Sabemos que, com o distanciamento social, a solitude e o silêncio se intensificaram, e isso, é claro, reflete em nossa capacidade e disposição para nos relacionar. A notícia boa é que, aos que ficaram ainda unidos, o elo nunca esteve tão fortalecido.

A notícia ruim é que, evidentemente, podemos ter perdido algumas conexões nessa trajetória. “O coronavírus nos forçou a desenhar o mapa de nossas conexões. Neste novo atlas, a noção de amizade resplandece como uma pedra antiga. Sabemos que é muito importante e também sabemos que é um mistério”, poetiza a jornalista Mar Padilla em artigo para o El País.

Um estudo da Universidade de Oxford cravou há quase 20 anos: é impossível administrarmos muitas amizades. Guiada pelo zoólogo, antropólogo e psicólogo, Robin Dunbar, a pesquisa concluiu que há “uma correlação direta entre o número de neurônios neocorticais e o número de relações sociais que podemos administrar”.

E ele vai além: em uma nova e mais recente atualização, ele crava que os humanos só conseguem administrar verdadeiramente 5 amizades próximas. Isso porque criar e manter esse elo dá muito trabalho, tanto no tempo despendido — 40% do nosso tempo social é dedicado somente a eles— como na atuação dos nossos mecanismos cognitivos.

Sendo assim, o vírus de fato elucidou algumas velhas questões, mas não mudou tanto no panorama geral. “Algumas amizades individuais podem desaparecer e novas podem ser criadas, não tanto por causa das bolhas e distâncias sociais, mas por não podermos ver alguém com a frequência que costumávamos ver. As amizades permanecem estáveis enquanto vemos a pessoa com a frequência necessária”, diz ele ao El País.

Se é impossível ser feliz sozinho, segundo Tom Jobim, é igualmente impossível investir em muitas conexões simultaneamente, sobretudo em tempos onde estamos com a energia mais calculada. Afinal, qualidade e não quantidade de amigos é o que verdadeiramente exerce efeito em nosso bem-estar, como contamos aqui .

Esteja atento às conexões de qualidade, e aprenda como manejá-las e não as perdê-las de vista. Mais vale um bom amigo do que dez outros colegas. Você está atento?

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