Coloque em prática
Transformar colegas de equipe em amigos para a vida pode ser possível e ainda pode ser também fonte de muitos benefícios. Leia mais sobre!
20 de Outubro de 2023
No quinto episódio do Podcast Plenae, nos
divertimos com a história dos dois inseparáveis amigos da cozinha e da vida:
Claude e Batista. Conhecidos por seus programas que misturam culinária e humor,
a dupla se conheceu por conta do trabalho, mas permaneceu por conta dos afetos
de modo que o ofício se tornasse um mero detalhe nessa dinâmica.
Não são raras histórias assim. Há, sim, competitividade e percalços nas relações profissionais que podem transformar o seu ambiente de trabalho em um lugar tóxico, como te ensinamos a identificar neste artigo. Mas isso não precisa ser regra. Há também a possibilidade de estreitar laços com aqueles que compartilham dos mesmos objetivos que você e, porque não, passam grande parte do dia ao seu lado.
Com o passar do tempo, fazer novos amigos pode ser
uma tarefa desafiadora, como comentamos nessa matéria. Os motivos são vários: falta de tempo e de
oportunidade, a perda da espontaneidade que temos quando somos mais novos,
interesses em comum diferentes, entre outros. No caso da “oportunidade”, o
nosso emprego pode ser uma delas, já que passamos tanto tempo por lá.
Aquele ditado “amigos, amigos, negócios à parte”
até tem o seu valor, mas pode reforçar essa ideia de que nossas relações estão
sempre fora do ambiente de trabalho. É claro que é importante saber separar as
obrigações da diversão e reservar um espaço para a seriedade, tão importante
para fazer a máquina girar.
Mas, não precisa ser assim tão duro e inflexível.
Inclusive, trazer o brincar para o trabalho é parte de um processo importante
de escuta ativa, como te contamos aqui neste Plenae Entrevista. E a escuta ativa é mecanismo importantíssimo para
um dia a dia mais empático, leve e, porque não, mais produtivo.
Além disso, a felicidade, como já dissemos por aqui, vem antes do sucesso - como um degrau, dos mais
importantes, vale dizer. Sabemos que as relações humanas são muito importantes
para o nosso bem-estar, portanto, está tudo conectado, analisando de forma
geral.
Outro ponto importante de ter boas relações no
trabalho não traz só distração, como algumas mentes mais conservadoras podem imaginar.
As boas relações podem reforçar a união da equipe, trazendo melhores resultados
e também mais motivação, produtividade e criatividade, como pontua a revista Forbes.
Ainda sobre a criatividade, tão difícil e desejada
e que falamos mais nesse artigo, ter mais mentes pensando - e pensando em
harmonia, o que é mais importante - é um ponto positivo para a resolução de
problemas. Portanto, fazer amigos no trabalho é benéfico até mesmo para
encontrar saídas que antes você podia estar tendo dificuldade de visualizar.
Segundo uma pesquisa do Instituto Gallup, ter pelo
menos um amigo no trabalho traz, além de uma maior satisfação geral, uma queda
na procura por outro, ou seja, uma maior retenção do colaborador ali naquela
empresa. Este artigo na Folha ainda pontua como as boas relações no trabalho
reduzem as chances de ter burnout, síndrome que te contamos neste artigo, e ainda ajuda a impulsionar a carreira.
No caso dos homens, um outro artigo, também da Folha, revela que ter essas conexões no emprego ajuda a combater a solidão, sentimento que se tornou uma verdadeira epidemia nos últimos tempos, como revelamos. Portanto, os benefícios podem ser ainda maiores e mais específicos do que imaginávamos.
Essa é a pergunta do milhão, é claro. Primeiro
porque fazer amigos, em qualquer lugar, pode ser tarefa desafiadora para alguns
e pode piorar com o tempo e com a idade, como dissemos anteriormente. Segundo
porque o ambiente de trabalho exige alguns limites e estabelecê-los pode ser
difícil.
O primeiro passo para evitar tudo isso é talvez o
mais simples e espontâneo de todos: só se aproxime daqueles que você percebe
uma clara conexão e identificação. Isso tornará tudo mais simples depois para
que você se sinta mais à vontade tanto para estreitar os laços como para estabelecer
algum limite porventura necessário.
Uma vez identificada essa pessoa - ou essas
pessoas, no plural -, é hora de ir atrás de forma intencional. Criar situações,
como um almoço, um simples café, um projeto juntos ou até um happy hour,
pode ser um bom caminho. Nesse artigo,
te demos ainda outras dicas, como permitir ser mais vulnerável, fazer perguntas
e até não colocar tanta pressão em cima disso.
Aqui, também falamos sobre aproximar conexões que já existem, mas que
ainda não são tão sólidas. Criar uma base de segurança ou aceitar que a
proximidade não tem um tamanho único para todas as suas relações são alguns dos
passos dados. O importante, no final das contas, é ser verdadeiro, estar
disponível e aberto e prestar atenção no outro. Você colherá os benefícios a
partir daí, acredite!
Coloque em prática
Nesse início de ano, te ajudaremos a encontrar uma rotina que funcione para que você consiga manter um novo hábito mesmo sem muita motivação.
12 de Janeiro de 2022
O ano novo, para muitas pessoas, é mais que apenas uma data comemorativa, mas também um ritual de passagem. O encerramento de um ciclo para início de outro. No começo de janeiro, os desejos de paz, saúde, prosperidade, entre tantos outros, são levados com seriedade. Quem nunca correu para se matricular na academia nos primeiros dias do ano?
O problema é que também é muito normal esse entusiasmo ir enfraquecendo pouco a pouco com o passar dos meses. Na luta para criar bons hábitos, a motivação é uma das maiores vilãs, como apontamos neste artigo. Em meio à correria do dia a dia, pode parecer impossível ter a força de vontade necessária para manter o foco no objetivo inicial. A busca por uma vida mais saudável e/ou prazerosa geralmente é algo de longo prazo e tendemos sempre a querer a gratificação aqui e agora. Como, então, encarar (e até mesmo enganar) nossa mente para manter essa gana de ser alguém melhor?
Os caminhos físicos
A nível cerebral, o sistema de recompensa é o principal responsável pela motivação, como explica o jornal G1. Quando uma atividade é prazerosa, gratificante, interessante, memorável ou recompensadora de qualquer forma, liberamos um hormônio chamado dopamina, que controla tais sensações. Mas, nem sempre encontraremos o prazer imediato no início de um novo hábito ou hobby. Temos que “enganar” o cérebro até que a dopamina venha naturalmente.
Assim, ter expectativas realistas acerca do que se quer é importante. Geralmente, não é possível fazer grandes mudanças do dia para a noite e ter uma ideia mais concreta do tempo que as coisas levam ajuda a afugentar a decepção e, consequentemente, o desânimo.
Começar pelo simples também ajuda. Pensar grande demais assim no começo pode ser intimidador. O famoso humorista Jerry Seinfeld compartilhou seu método de produtividade: ele marcava com um X vermelho em um calendário todos os dias em que escrevia piadas novas para apresentar. Dessa forma, o lembrete visual jogava na cara dele quando ele “quebrava a corrente” de marcações, ou seja, não conseguia manter a ideia que se propôs de fazer ao menos um pouco por dia.
O uso de calendários, alarmes, relógios e despertadores por si só já pode ser uma maneira de lembrete e incentivo - como nos relembra o portal Thrive Global. Em meio a tantos pepinos do cotidiano, é normal que algo ainda não fixado como um hábito se perca e seja esquecido.
Terceirizar aos nossos cérebros de bolso (os celulares) a tarefa de lembrar pode parecer burocrático e dar ares de obrigação, mas na verdade é uma maneira de remover esse detalhe trivial e, portanto, facilitar. Se o horário escolhido para o novo hobby ou prática for sempre o mesmo, isso também pode ajudar a criar uma rotina até que as descargas de dopamina ocorram e nos banhe com a sensação de dever cumprido.
Apetrechos eletrônicos, porém, podem ser vilões na hora de manter a concentração. Depois do alarme soar, pode ser importante deixá-los de lado por um tempo. Sabemos como dar uma breve checada nos e-mails e redes sociais pode acabar se tornando uma bola de neve que consome horas e horas do dia, e se tornar até o doomscrolling que te contamos aqui, então é bom não dar sopa pro azar e fugir das tentações.
Hábitos bons X ruins
Por falar em tentações, cortar um hábito ruim pode ser tão difícil quanto iniciar um bom. Vícios como o cigarro e o álcool são atalhos para a produção de dopamina apesar dos malefícios a longo prazo. Afinal, se não fosse prazeroso, não existiriam pessoas viciadas. Pode ser difícil encontrar, também, a motivação para eliminar ou ao menos reduzir uma prática que não faz bem.
A metodologia para achá-la é mais ou menos a mesma: um dia de cada vez, sem tentar dar passos maiores que a própria perna. Tornar um vício mais inacessível, desinteressante ou insatisfatório pode ser uma maneira de se distanciar dele. Lembra do nosso Plenae (a)prova dos hábitos? As dicas seguem valendo!
É essa preocupação com o longo prazo que nos leva a buscar novos e melhores hábitos. Mas sabemos que a motivação inicial não se mantém. Para perseverar, não tem segredo. Uma aproximação diária, rotineira e focada vai, muitas vezes, ser uma importante aliada nessa procura por uma vida mais saudável, tranquila e prazerosa.
Não adianta tentar correr uma maratona se não se consegue caminhar por 100 metros. A mudança ocorre de maneira lenta e gradual, facilitando um pouquinho a cada dia que passa, até que o longo prazo deixa de ser algo tão longínquo assim e, por mais que não dê a impressão de que algo está de fato diferente, os benefícios à saúde, mente e humor servirão como prova contundente de que, sim, é possível sair da inércia. Só é preciso respirar fundo e começar.
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