Para Inspirar

Drauzio Varella em “Escolhas que mudam vidas”

Ouça e leia o episódio da nona temporada do Podcast Plenae, conheça a história do médico Drauzio Varella, que encontrou sua missão de vida nos corredores dos presídios.

18 de Setembro de 2022



Leia a transcrição completa do episódio abaixo:


Drauzio: Eu sou médico voluntário no sistema prisional de São Paulo há 33 anos. Atualmente, eu só pratico a medicina na cadeia. Eu parei de atender pacientes na clínica particular, depois de 45 anos de atividade intensa e ininterrupta. Eu hesitei bastante antes de tomar essa decisão, porque eu não conseguia me imaginar sem aquela correria com os pacientes no hospital, etc. O que me fez decidir foi o fato de que o meu trabalho na área de educação em saúde se tornou cada vez mais abrangente. Os clientes que eu atendia no consultório são pessoas que têm condições financeiras boas e que podem contratar outros médicos. Tá cheio de gente competente nessa área hoje, a minha ausência não faria a menor diferença. Mas na penitenciária e na comunicação, aí eu posso fazer a diferença.


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Geyze Diniz: Prestes a completar 80 anos, Drauzio Varella continua sua caminhada nutrindo seu propósito: transformar a vida por meio da educação e da medicina.
Trabalhando em presídios diretamente com a população carcerária ou repassando conhecimento através de veículos de comunicação que atingem a grande massa, Drauzio segue seus projetos e nos mostra que a idade não pode ser impeditivo para fazer ou deixar de fazer algo, como ele mesmo diz. Conheça a trajetória exemplar e inspiradora do médico Drauzio Varella. 

Ouça no final do episódio as reflexões da Neurocientista Claudia Feitosa-Santana para te ajudar a se conectar com a história e com você mesmo. Eu sou Geyze Diniz e esse é  o podcast Plenae. Ouça e reconecte-se

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Drauzio: No começo dos anos 80, quando surgiram os primeiros casos de aids no Brasil, a imprensa tratava a aids como “peste gay”. O preconceito contra os homens homossexuais ganhou dimensões avassaladoras. Eu fui a Estocolmo participar de um congresso sobre o HIV em 1985. Na última palestra do evento, o diretor do programa da aids da Organização Mundial da Saúde projetou um slide com uma frase da “Divina Comédia”. Dizia assim: “No inferno, os lugares mais quentes são reservados àqueles que escolheram a neutralidade em tempos de crise”.


Terminou a palestra e eu fui a pé pro hotel. Era uma dessas tardes intermináveis do verão sueco, em que uma luz alaranjada cai sobre as construções da cidade velha. Eu andei a esmo pelo menos por uma hora, com a frase do Dante Alighieri na cabeça. E eu pensei daqui a  20, 30 anos uma neta ou um neto pode me perguntar: “Vô, vocês sabiam que era um vírus sexualmente transmissível, mortal, e não explicaram pra sociedade?”.


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Quando eu voltei pro Brasil, eu fui visitar o meu amigo Fernando Vieira de Mello, que dirigia o jornalismo da rádio Jovem Pan, que era muito diferente dessa de hoje. Eu falei com ele sobre a gravidade do problema que estava por vir. Ele me interrompeu e disse: “Ah, vamos gravar isso que você tá dizendo!”. 


Eu tomei um susto. Naquela época, médicos sérios não falavam nos meios de comunicação de massa. Os que apareciam eram aqueles cirurgiões plásticos de reputação duvidosa que participavam de programas vespertinos de baixa qualidade. Mas naquele momento eu achei que não podia deixar de falar da doença.


Nós gravamos uma entrevista longa, na qual eu descrevi as formas de transmissão do HIV, o quadro clínico da doença e os caminhos que o vírus começava a percorrer no Brasil. Duas ou três semanas depois, encontrei um amigo na Avenida Paulista, ele disse tinha me ouvido na Jovem Pan no dia anterior. Respondi que ele tava enganado, que eu tinha feito essa entrevista semanas atrás. Ele insistiu que não.


Eu procurei o orelhão mais próximo e telefonei pro Fernando. Ele contou que tinha dividido a entrevista em pequenos fragmentos, pra transmitir na programação do dia e atingir mais gente. Eu não acreditei e falei: “Você não devia ter feito isso sem falar comigo. Médicos bons não aparecem nos meios de comunicação. Eu vou ficar mal afamado entre os meus colegas”. Ele respondeu com a frase que abriria um novo caminho na minha vida profissional: “Se é assim, você precisa decidir se quer ajudar a população a evitar a doença ou ficar bem com os seus colegas”.


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As mensagens que nós divulgamos na Jovem Pan tiveram grande repercussão nos anos que se seguiram. Nós estávamos em 1988. O Fernando me disse: “Um dia você vai fazer esse trabalho na TV Globo. Eu disse: “Como assim, Fernando? Que ideia é essa?” E ele disse: “É porque tudo começa no rádio. O que deu certo no rádio acabou na televisão: as novelas, os jornais, os programas de entrevista, de auditório, os humorísticos, os musicais”. De fato, onze anos mais tarde, eu recebi o convite da TV Globo pra falar sobre saúde no Fantástico. Nas mensagens que eu transmito hoje pelo Youtube, Instagram, Facebook, Twitter e até pelo Tik Tok, eu procuro seguir o formato idealizado pelo Fernando Vieira de Mello 40 anos atrás. O cara era um gênio. Ele conseguiu encontrar um formato que se manteve o mesmo até para um meio de comunicação que não existia na época, que era a internet. 


Foi uma outra gravação educativa que me abriu outro capítulo na minha vida: o trabalho voluntário em presídios. Em 89, eu entrei pra fazer um vídeo sobre aids na Casa de Detenção de São Paulo, conhecida popularmente como Carandiru. Aquele lugar era uma cidade, eram 7 pavilhões que chegavam a abrigar 8.000, 9.000 homens.


Vem da infância essa minha atração por filmes de cadeia. Eu adorava assistir aos filmes de presidiários que planejavam fugas cinematográficas, nas salas de cinema do Brás, o bairro onde eu nasci e cresci. A mesma tensão que me eletrizava no cinema tomou conta de mim quando eu entrei na Detenção. O bater das portas de ferro, os guardas com metralhadora nas muralhas, os presos de calça cáqui soltos nos pátios, os carcereiros, os doentes com aids em fase terminal não me saíram da cabeça nas semanas seguintes. O impacto do Carandiru foi enorme. 


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A ideia fixa me fez voltar à Detenção pra sugerir ao diretor, José Ismael Pedrosa, na época, uma pesquisa sobre a prevalência de HIV no presídio, que seria o embrião de uma atividade de atendimento como médico voluntário à população carcerária. Eu tinha 47 anos e uma carreira bem estruturada como médico oncologista. Gostei tanto da experiência na detenção, que nunca mais parei.


De cara nós fizemos um estudo com os presos que recebiam visitas íntimas, eram mais ou menos uns 1.500, 17,3% estavam infectados com o HIV. Mais de 90% deles foram infectados pelo uso de cocaína injetável, que era a droga da moda. Como a sociedade enfiava lá dentro 1.500 mulheres todo o fim de semana, pra transar com aqueles caras sem saber que eles estavam infectados? Sem dar nenhuma proteção pra elas, sem distribuir camisinha?

E quando levei esses dados a diversas autoridades do sistema penitenciário, ouvi as respostas de que seria absurdo distribuir preservativos gratuitos. Eles diziam: “Pra quê? Pra vagabundo fazer sexo na cadeia?”. Eu tive a certeza de que a má vontade era por se tratar de mulheres pobres, em sua maioria, pretas. Ainda levaria seis ou sete anos pra gente conseguir distribuir camisinha nos dias de visita em todos os pavilhões.


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A cadeia dominou o meu espírito. Minha mulher me disse que nunca tinha me visto tão calado. Foi no Carandiru que eu comecei a ver as primeiras mortes por esfaqueamento. É lógico que eu tinha visto mortes violentas no Hospital das Clínicas, no meu tempo de estudante. Mas no Carandiru era rotina. 


Eu lembro de uma segunda-feira em que eu atestei o óbito de quatro meninos esfaqueados. Quando eu peguei o metrô à noite pra ir pra casa, eu fiquei tentando lembrar a fisionomia dos quatro. Eu não consegui identificar um deles, não lembrava nem se ele era branco ou negro. A violência quando é repetitiva, cega a gente.


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Eu fiquei no Carandiru até a implosão da cadeia, que foi um espetáculo que eu não gosto nem de lembrar. Na época, eu senti como se uma parte da minha vida estivesse terminando ali, e na verdade terminou mesmo.


Em 2002, quando a Detenção foi implodida, eu passei a atender na Penitenciária do Estado, que depois seria transformada numa cadeia feminina. Já no primeiro dia, eu falei: “Preciso esquecer tudo o que eu aprendi nesses anos nas cadeias masculinas e começar tudo de novo”. Na cadeia feminina, eu aprendi o que era realmente a condição feminina. Entendi o massacre que a sociedade brasileira faz com as mulheres, especialmente com as mais pobres, mas não só com elas.

Entendi que algumas mulheres só têm liberdade sexual na cadeia. Olha a contradição. É que na prisão, ela pode fazer o que que quiser. Pode namorar outra mulher, pode fazer o papel de marido, pode fazer o papel de esposa, pode cortar o cabelo feito o homem, pode deixar os pelos do corpo crescerem. Não tem repressão. 


Eu permaneci na feminina até 2020, quando chegou a pandemia do coronavírus. Em 2022, voltei aos presídios masculinos, dessa vez como voluntário no Centro de Detenção Provisória do Belém, na zona leste de São Paulo. Eu sou o único médico da cadeia, tem mais de mil presos aguardando um julgamento. Não é fácil contratar profissionais dispostos a trabalhar no sistema penitenciário.


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Hoje, eu agradeço a clarividência e a determinação que eu tive aos 47 anos de idade ao encontrar esse caminho. Impossível imaginar quem eu seria agora se não fosse o contato com esse mundo que transformou a minha vida pessoal, a forma de entender a sociedade, o país e as paixões humanas.


A tendência nossa é sempre conviver com os iguais, com pessoas parecidas com a gente. Se possível da mesma faixa etária, classe social, situação financeira e candidato à presidência da república. Quando você está entre os seus semelhantes, tem segurança de que não vai acontecer nada desagradável. O que é ótimo, claro. O problema é que você começa a ver a realidade do mesmo ângulo o tempo inteiro. As pessoas vão te falar coisas com as quais você concorda e, inclusive, já sabia. Você perde espaço pro contraditório, pro desencontro, pra outras formas de enxergar a realidade. As consequências são: a perda da empatia, o desinteresse pelo outro, o conformismo e o medo de mudanças. A cadeia é uma experiência tão enriquecedora, que eu não consigo ficar sem ela.


Hoje, eu só pratico medicina clínica na cadeia. Estou com 79 anos e, na medida que o horizonte se encurta, aumenta a necessidade de nos concentrarmos no essencial. Nessa fase da vida, prefiro me dedicar mais ao trabalho educativo, porque ele atinge muito mais gente. O impacto dos programas que nós fizemos no Fantástico sobre o cigarro, por exemplo, que foi em 2011, reduziu o número de fumantes significativamente. Até hoje eu encontro gente que parou de fumar quando viu a comparação entre um pulmão saudável, rosadinho, bonito, e o de um fumante, que parecia coberto de piche. Recentemente, nós fizemos um programa sobre o cigarro eletrônico que repercutiu na internet entre a molecada. O impacto da prevenção é imensurável.


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Eu não me imagino parado, de chinelo esperando a morte chegar. Eu prefiro inventar coisas, produzir, estar vivo. Tenho o privilégio de uma genética que me permitiu chegar até aqui e com alguma sabedoria pra procurar novos caminhos. Estou com saúde, o que eu atribuo a duas decisões: ter parado de fumar aos 36 anos e começado a correr maratona aos 50. Quando eu comecei a treinar, eu queria provar pra mim mesmo que não estava ficando velho. Envelhecendo sim, claro, todos nós estamos. Atualmente, eu to treinando pra participar, não sei aí, pela vigésima ou vigésima quinta maratona. Eu perdi as contas.


A vida só vale a pena quando ela está preenchida de ideias e projetos. Idade não pode ser impeditivo para fazer ou deixar de fazer alguma coisa. Se você tem força física, disposição e habilidade, toca em frente.


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Claudia Feitosa-Santana: Drauzio Varella compartilhou relembrou as escolhas cruciais em sua construção e foram tão sincronizadas com seu propósito que ele nem consegue se imaginar sem elas. 

 

Você também faz escolhas congruentes com seu propósito ou para descobri-lo? Em retrospectiva, as boas escolhas sempre parecem óbvias. Porém, na hora da decisão não há garantia de felicidade nem de sucesso. Além disso, uma escolha implica em pelo menos uma não-escolha. Por tudo isso, uma boa tomada de decisão respeita o sentimento que é  formado pela emoção e razão juntas. 

 

Para estar sincronizado com seu propósito, busque continuamente superar a polarização da razão versus emoção para que você seja verdadeiramente sapiens, pois tu és eternamente responsável por aquilo que sentes.

 

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Geyze Diniz: Nossas histórias não acabam por aqui. Confira mais dos nossos conteúdos em plenae.com e em nosso perfil no Instagram @portalplenae.


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Os 9 tipos de inteligência: qual é a sua?

Teoria criada pelo psicólogo Howard Gardner defende que há múltiplas competências e inteligências possíveis de se terem

16 de Abril de 2021


No quarto episódio da quarta temporada do Podcast Plenae - Histórias Para Refletir, conhecemos a intensa trajetória de João Carlos Martins em busca de seguir seu sonho e se manter nele: o de ser músico. O fato é que nem as adversidades da vida - que foram ao menos três - conseguiram o deter.

O artista, que iniciou sua carreira ainda muito jovem como pianista, se viu depois de anos tendo que migrar para a regência, tornando-se maestro com a mesma excelência de antes, somente aplicada a uma outra competência.

É claro que há muito estudo, foco e até um grau de obsessão responsáveis pelo seu sucesso como músico. Mas há também uma inteligência específica voltada para as artes que o fazem permear entre tons com mais destreza e naturalidade do que outras pessoas que pudessem, porventura, tentar o mesmo feito.

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Múltiplos caminhos

Essa teoria de competências específicas já era defendida de formas menos esclarecidas por grandes estudiosos da pedagogia, como Paulo Freire, que dizia “Não há saber mais ou saber menos: há saberes diferentes”.

Pode-se dizer que até mesmo Jean Piaget, de certa forma, defendia essa pluralidade intelectual em suas hipóteses de níveis de formação e como o saber é uma construção que depende da relação da criança e sua interação com o meio, ou seja, cada uma terá a sua própria.

Mas, quem crava de fato essa tese de que nem todos os seres humanos irão possuir ou trilhar os mesmos caminhos de inteligência é o psicólogo e educador norte americano, Howard Gardner, em seu livro “Estruturas da Mente: Teoria das Inteligências Múltiplas”, lançado no Brasil em 1994.

A obra acabou tornando-se sua principal bandeira ao longo da vida. O especialista defendia que “A escola deve valorizar as diferentes habilidades dos alunos e não apenas a lógico-matemática e a linguística, como é mais comum”.

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Ele também dizia que, para atuar ativamente no desenvolvimento da criança, era preciso torná-la protagonista, ou seja, não só mandá-la executar tarefas, mas sim, colocá-la para resolver problemas. Há algumas escolas que adotam a teoria Gardner, como também é conhecida, como método regente do ensino da escola.

A tese, que começou tímida e com sete inteligências diferentes, hoje já reconhece que há nove inteligências possíveis para cada ser humano - sendo que um único sujeito pode possuir mais de uma. Por ser um tema de alta complexidade, ele ainda é estudado, afinal, nosso cérebro possui infinitas capacidades.

Mas, por ora, conheça os nove tipos de inteligências de Howard Gardner:

  • Lógico-matemática: a inteligência de números e raciocínios foi, por muitos anos, tida como a única inteligência possível. É ela inclusive que serve de métrica em testes de Q.I., e diz respeito a capacidade de realizar operações matemáticas de forma completa. O que isso significa? Que esse sujeito consegue “calcular, quantificar e considerar proposições” com facilidade, tendo uma destreza do raciocínio sequencial alta e um padrão de pensamento mais dedutivo. Muito presente em cientistas e pesquisadores.
  • Linguística: também conhecida como a inteligência de palavras, ela permite que o indivíduo possua um raciocínio mais reflexivo sobre a fala, capaz de se expressar de maneira clara e concisa e significar pensamentos complexos. Ele também possui uma habilidade metalinguística alta que o faz refletir sobre a própria linguagem, ou seja, ele pensa no que vai falar ou escrever e já o faz ao mesmo tempo, com maior velocidade que outros. Muito presente em poetas, escritores e jornalistas.
  • Musical: é a inteligência de sons mencionada no nosso personagem, João Carlos Martins. A pessoa que o possui pode, muitas vezes, ter uma consciência maior sobre sons que outras pessoas não são capazes de notar. Eles conseguem discernir tons e timbres e reproduzi-los com mais facilidade no caso de músicos, por exemplo. Muitos deles tendem a tocar mais de um instrumento, a criar laços afetivos com determinadas músicas e a ter um pensamento mais sequenciado e lógico, como os matemáticos.
  • Espacial: essa inteligência voltada para imagens permite que o sujeito veja o mundo e suas dimensões quase que de forma 3D, tendo uma consciência sobre o espaço ao seu redor aumentada, uma facilidade em manipular imagens, além de habilidade gráficas e até artísticas altas. Engana-se quem pensa que somente engenheiros, arquitetos ou pilotos a possuem. Por ser tão ampla, ela ativa a imaginação nos que a possuem, portanto, pintores e escultores podem a possuir também.
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  • Corporal-cinestésica: muito conhecida como inteligência corporal, ela é quase que uma habilidade física. Quem a possui costuma manusear bem objetos e até o próprio corpo, além de possuir uma conexão alta entre mente e corpo que, dentre as várias vantagens que isso pode ter, traz uma noção de tempo perfeita. Ela é muito vista em dançarinos, mas também em atletas, cirurgiões e, novamente, em escultores e pintores.
  • Interpessoal: a inteligência interpessoal é a inteligência de pessoas, ou seja, é a capacidade de ler o outro com muita eficácia e interagir com o mesmo de forma eficaz. Aqui, entram na roda a comunicação verbal mas também a não verbal: o sujeito que possui a inteligência interpessoal é capaz de decifrar os movimentos de quem está falando com ele e decodificar suas emoções por meio de seus posicionamentos físicos e até entonação da voz. Políticos e atores costumam possuí-la.
  • Intrapessoal: apesar de ter o nome parecido com o anterior, a inteligência intrapessoal é mais “individual”, presente naqueles que conseguem compreender a si em sua totalidade. É um autoconhecimento profundo, que os leva não só a decodificar seus pensamentos e sentimentos, como também projetá-los de forma certeira em suas relações e sua trajetória de vida. Psicólogos e guias espirituais tendem a possuí-la.
  • Existencial: muito semelhante a inteligência anterior, ela também é conhecida como a inteligência de vida. O sujeito existencialista é aquele que ultrapassa somente a compreensão do eu e vai além. Ele valoriza e questiona toda a condição humana, sente e compreende a dor do outro ou a de um povo, como um espectador que olha o mundo à distância. Isso o faz questionar a raiz de nossa existência, portanto, é uma inteligência muito presente em filósofos, sociólogos e antropólogos.
  • Naturalista: a inteligência de natureza, muito presente obviamente em biólogos e outras profissões que atuam ativamente no meio ambiente, é a capacidade de diferenciar os mais diversos seres vivos e outras manifestações naturais com alta precisão. Por meio da ativação de diferentes sensibilidades humanas, o naturalista consegue sentir o cheiro, ouvir os sons e ver em características minúsculas a diferenciação entre a imensa gama de seres existentes no mundo. Um chefe de cozinha é capaz de possuí-la também.
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Perceba que não há um só caminho para ser inteligente. É preciso adotar cada dia mais as nossas diferenças, enxergando a riqueza que esse método nos permite enxergar em cada indivíduo.

Além disso, abraçar as diferentes inteligências é também acolher suas dificuldades e valorizar as suas competências - sobretudo a das nossas crianças, em ambiente escolar. Lembre-se que é possível ter mais de uma delas. Qual é a sua?

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