Para Inspirar

Fernanda Ribeiro em "O meu trabalho é construir pontes"

Na décima segunda temporada do Podcast Plenae, se emocione e reflita com a história do empreendedorismo de Fernanda Ribeiro

28 de Maio de 2023



Leia a transcrição completa do episódio abaixo:

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Fernanda Ribeiro: A jornada de um empreendedor preto é totalmente diferente da jornada de um empreendedor não preto. A pista é a mesma, mas os obstáculos não são. O empreendedor preto já começa o negócio devendo pra algum familiar, porque ele não tem acesso a crédito. A rede de relacionamentos dele também é totalmente diferente da rede do pessoal da Faria Lima. A Conta Black e AfroBusiness surgiram justamente pra fortalecer a inclusão social e econômica da população preta.

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Geyze Diniz: A partir da constatação e indignação de que os empreendedores negros possuem mais dificuldades para colocarem seus negócios de pé, Fernanda Ribeiro co-fundou duas iniciativas que buscam reverter este cenário: a rede AfroBusiness e a fintech Conta Black.

Conheça essa história de inclusão social e econômica que faz a diferença na vida de muitas pessoas. 
Eu sou Geyze Diniz e esse é o Podcast Plenae. Ouça e reconecte-se.

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Fernanda Ribeiro: Minha mãe engravidou de mim aos 47 anos, usando DIU. Eu brinco que eu queria muito nascer. Os meus pais já tinham quatro filhas quando eu vim ao mundo. A mais nova era uma adolescente de 16 anos e a mais velha, uma jovem de 20. Então eu cresci sem crianças por perto. Nem na rua eu podia brincar, porque a nossa casa ficava numa avenida muito movimentada, em São Paulo. Eu passava o dia inteiro na companhia da minha tia-avó, a Dadinha, que também vivia com a gente.

O fato de eu ser uma criança sozinha me tornou uma pessoa curiosa, observadora e criativa. E até hoje eu sou assim. Eu não gostava muito dos programas de TV infantis da época. De uma maneira até arrogante, achava que eles eram bobos. Eu tinha que usar a imaginação pra encontrar um espaço lúdico naquele universo tão adulto. Eu criei o meu mundinho.

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Pra eu poder conviver com outras crianças, eu entrei na escola bem cedo. Quando eu cheguei ao colégio, eu já estava um pouquinho avançada em relação aos demais alunos, porque a Dadinha já tinha me ensinado muita coisa em casa. Eu fui a única das cinco filhas que estudou em escola particular. Os meus pais tiveram que fazer alguns sacrifícios pra conseguir pagar as mensalidades. Eles de fato investiram na minha educação.

No colégio, eu convivia com meninas e meninos mais ricos que eu. Mas, fora de lá, eu também conhecia uma realidade mais pobre do que a minha. A minha mãe sempre trabalhou em uma área da saúde ligada à assistência social. Às vezes, ela trazia pra casa crianças que estavam em processo de adoção na creche. Trazia também adolescentes grávidas que foram expulsas de casa.

A gente hospedava esses menores de idade por um período. 
A minha mãe me levava pra muitas vivências que ela fazia em favelas. Quando eu chegava na escola, eu compartilhava com as minhas amiguinhas o que eu tinha visto. Desde pequena, eu fui criando esse mindset de estabelecer pontes entre as pessoas de mundos distintos. 

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Quando chegou na época de escolher uma profissão, eu tive certeza que queria trabalhar com aviação. O meu pai se aposentou como funcionário público em um órgão do governo que faz a gestão dos aeroportos. Na infância, ele me levava pra ver pousos e decolagens das aeronaves. Às vezes, ele passeava comigo pelos bastidores de Congonhas, onde ele trabalhava. E aí nasce a minha paixão por aviação.

Eu me formei em turismo e trabalhei em duas companhias aéreas. O meu primeiro emprego foi na Varig, na área de fidelidade. Eu peguei o finalzinho da empresa. Quando eu vi que o negócio tava dando ruim, mudei pra outra. Comecei no setor de vendas e depois passei pra área de comunicação interna. À medida que eu ia crescendo na companhia aérea, eu ia percebendo que cada vez tinha menos pessoas parecidas comigo.

Não havia mulheres pretas, principalmente, em cargos de liderança. Aí, vinha aquele pensamento: “Eu preciso entregar mais”. Eu me esfolava de trabalhar pra fazer valer aquela oportunidade. A minha carga horária era de 16 horas por dia. Naquele ritmo, eu sabia que uma hora o corpo ia espanar. E ele espanou num domingo à noite. 

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Eu fui levada pro hospital com enjoo, dores, mal-estar, todos os sintomas de um infarto. Só que não era um infarto. Eu fiquei internada por dias fazendo exames. Mas, mesmo na cama de um hospital, meu celular não parava de tocar. Era uma época de bastante trabalho, por conta de uma transição de sistemas. Eu recebi várias vezes a ligação do meu chefe questionando: “E aí, quando você volta?” Era tipo assim: “Eu sei que você tá doente, mas eu preciso da entrega”.

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Quando saíram os resultados dos exames, os médicos disseram que eu não tinha nenhuma doença física. Como na época não se falava muito de burnout, eles explicaram que o meu problema era stress. Recomendaram então que eu tirasse férias, praticasse exercício físico, me alimentasse melhor e que fizesse terapia.

Aquele piripaque, junto com as cobranças do meu gestor insensível, foram um baque pra mim. Ficou claro que eu era somente um número na empresa. E se eu morresse, eu seria substituída em horas. Ainda no hospital, eu decidi: "Eu não quero mais essa vida". Quando eu contei que eu ia pedir demissão, as pessoas ao redor me disseram: "Você tá louca."

E realmente, pra quem olha de fora pode parecer loucura. Eu ganhava um bom salário. Eu tinha o benefício de poder viajar praticamente de graça, como funcionária. E além do mais, aquele emprego era a realização de um sonho de infância. Só que aquele sonho tinha se transformado num pesadelo.

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Eu peguei firme na terapia e, antes de pedir demissão, comecei a desenhar um processo de transição de carreira.

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Eu juntei dinheiro e decidi que iria tirar um ano sabático. A ideia era me dedicar a novos conhecimentos, dos mais óbvios aos mais estranhos. Eu fiz curso de matemática, de jardinagem, de cerâmica, de idioma e de direitos humanos. E foi num desses cursos que eu conheci o terceiro setor e comecei a gostar desse universo. 

Nesse ano, eu me dediquei também pra ampliar a minha rede de relacionamentos. Eu marcava cafés com pessoas aleatórias, só pra conhecer outras realidades. Porque às vezes a gente pode achar assim: “Eu sou uma pessoa preta, então eu conheço a realidade das pessoas pretas”. Mas não é assim. Eu conheço a especificidade de uma mulher preta que teve acesso a uma realidade Y e que mora num lugar X.

O bairro onde uma pessoa reside pode mudar totalmente a percepção de mundo dela. Como desde nova eu já vivenciava cenários diferentes aos meus, eu entendia que era importante potencializar essa visão no meu dia a dia. E tentar gerar conexões entre esses mundos acabou se tornando o meu propósito de vida. 

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Meu ano sabático acabou antes do previsto, junto com dois sócios, o Sérgio e o Márcio, fundamos uma rede de empreendedores, intraempreendedores e profissionais liberais pretos. A ideia surgiu porque o Sérgio, que já era meu namorado na época, trabalhava como publicitário e precisava de um advogado.

O Márcio era advogado e que também precisava de um publicitário. Eles, que são dois homens pretos, perceberam que não conheciam tantas pessoas pretas fazendo negócios entre si. Naquela época, o Linkedin não era tão forte como é hoje. Daí eles pensaram: “E se a gente juntasse o nosso networking?”

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A gente criou uma rede exatamente pra proporcionar oportunidades de trabalho, renda e negócios pra pessoas pretas. O Sérgio conhecia outros empreendedores como ele. O Márcio atuava na área tributária e tinha muitos contatos com profissionais liberais. E eu entrei com a minha bagagem corporativa. Juntos, montamos uma plataforma. Em pouco tempo, essa plataforma foi finalista da premiação de uma big tech.

E, por causa dessa premiação, a gente foi parar na mídia e nossa rede cresceu. Atualmente, a AfroBusiness tem mais de 9 mil empreendedores espalhados pelo Brasil inteiro. Quando um empreendedor passa por uma formação nossa ele entra numa rede de conexão e tem um faturamento oito vezes maior, comparado com quem não fez o mesmo caminho.

Nesse processo, a gente descobriu que a população preta tem demandas financeiras específicas. Por exemplo, um empreendedor preto tem o crédito negado quatro vezes mais comparado a um empreendedor branco exatamente nas mesmas condições. O Sérgio tinha passado por essa situação muito tempo antes.

Ele era dono de uma agência de publicidade que estava indo muito bem com 30 funcionários. E ele sempre foi um maníaco por tecnologia, dado momento, quis mudar o parque tecnológico da agência. Mas quando ele foi ao banco, o gerente negou o empréstimo.


E o Sérgio perguntou: “Mas por quê? Eu tenho o nome limpo. Eu consumo todos os produtos de vocês. A minha folha de pagamento tá aqui. Você sabe onde eu ganho e onde eu gasto”. E não adiantou. Naquela época, o Sérgio saiu do banco e profetizou: “Um dia, eu vou abrir um banco”. 

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A gente entendeu que aquilo era uma oportunidade de negócio e fundamos a Conta Black, com o objetivo de proporcionar a inclusão e educação financeira. Hoje, eu trabalho pra construir pontes e atrair investimentos pra empreendedores pretos. 

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Nesse processo de transformação do futuro, é fundamental ter aliados. Quando uma pessoa não negra investe conosco pode ajudar a gerar microcrédito pra pessoas pretas. Mas é preciso ter intenção. A gente conhece cases de empreendedores brancos que receberam investimentos com a startup só no PPT. Eles não tinham sequer um produto validado, só uma ideia de negócio e uma boa rede de relacionamentos.

Pro empreendedor preto, até mesmo quando ele está inserido no universo das startups, não é assim. A gente já passou por diversas conversas com fundos, onde o nosso produto já estava rodando, com cliente utilizando a plataforma e ainda assim a gente ouvia questionamento do tipo: “Ai, eu sinto que esse negócio não vai dar certo, que ele não vai parar de pé”. Tem um problema estrutural por trás de tudo isso. As pessoas que estão do outro lado da mesa normalmente são brancas.

E ali tem o viés de dar crédito para quem é parecido com elas, como aconteceu com o Sérgio lá atrás. Existem estudos que falam sobre isso. Se a gente sair do recorte de raça e olhar o recorte de gênero, é exatamente a mesma coisa. As startups lideradas por homens recebem mais investimento, quando comparadas as startups lideradas por mulheres.


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Desde que a AfroBusiness nasceu lá atrás, em 2015, algumas coisas mudaram. Eu vejo de uma maneira positiva as ações afirmativas. Hoje, existem fundos de investimento focados em startups lideradas por pessoas pretas. O Google tem um fundo desses aqui no Brasil. Inclusive, a Conta Black recebeu um aporte dele.

Mas, o empreendedor preto segue passando pelos mesmos desafios. E a gente só consegue modificar um cenário quando olha pra ele com uma lente de aumento. Eu ouço muito: “Ah, Fernanda, o crédito que foi negado pro Sérgio lá atrás hoje não seria, porque a análise não passa mais pelo gerente, ela é sistêmica”.

Eu entendo, mas por trás do sistema ainda existem pessoas. Hoje, os grandes bureaus que fazem análise de crédito olham fatores estruturais que ainda são excludentes. Um exemplo simples é que dos 9 critérios para determinar a concessão de crédito um deles é o CEP.

Então, uma pessoa que reside na Avenida Paulista vai ter muito mais oportunidades do que aquele que vive no Capão Redondo, na periferia de São Paulo. Se não tiver intenção, se não tiver uma lente de aumento, as diferenças sociais vão continuar sendo reproduzidas, inclusive pela tecnologia. 

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Geyze Diniz: Nossas histórias não acabam por aqui. Confira mais dos nossos conteúdos em plenae.com e em nosso perfil no Instagram @portalplenae.

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Para Inspirar

Sono, liberdade para pensar

Em uma palestra cheia de informações surpreendentes sobre a neurociência do sono, descobrimos que uma noite bem dormida afeta muito mais do que somente nosso corpo.

23 de Abril de 2018


Em uma palestra cheia de informações surpreendentes sobre a neurociência do sono, descobrimos que uma noite bem dormida afeta muito mais do que somente nosso corpo. Bom sono tem a ver com boas ideias, boas relações (com as pessoas e com o tempo) e pode nos ajudar a levar uma vida mais desperta em todos os sentidos da palavra. Resumimos abaixo os aprendizados que nos inspiraram a transformar nossos dias em dias mais saudáveis e nossas noites em noites muito melhor aproveitadas.

SOMOS PROGRAMADOS PARA O DIA E PARA A NOITE


Estamos em um planeta que dá uma volta sobre si mesmo a cada 24 horas, formando ciclos de dia e noite. Já atentou para o quão diferentes são esses ciclos entre si? Vai muito além da cor do céu. Em cada um desses ciclos, nosso cérebro é exposto a estímulos completamente diferentes.

Além da óbvia mudança de iluminação, temos alterações na temperatura, no tipo de bactérias e vírus que tentam invadir nossos organismos, nas interações sociais que temos com outras pessoas e até mesmo no ato de consumir ou não comida. Tudo isso requer uma mudança radical dentro dos nossos corpos, uma série de processos fisiológicos e metabólicos que acontecem sem que percebamos, sempre seguindo esse ciclo natural de dia e noite.


 Nosso corpo, como criação da natureza, foi feito para seguir seus ciclos. Somos o resultado das interações químicas que acontecem dentro de nós. E precisamos aprender a prestar atenção nelas.

O QUE MAIS FAZEMOS É DORMIR


Durante a vida, executamos diversas atividades: passamos 16% dela trabalhando, 19% fazendo atividades gerais, 11% comendo e bebendo, 11% assistindo televisão... e surpreendentes 36% dormindo. Sim, no fim de nossos dias, a tarefa que mais terá consumido nossas horas curiosamente é a que menos tem consumido nossas preocupações diárias: o sono.

Porém, esse pouco caso com o sono é coisa recente. Basta ver escritos antigos – Shakespeare, por exemplo, escreveu bastante sobre os prazeres e mistérios do sono. No tempo do bardo, o sono era uma importante ocupação, venerada, respeitada por aqueles escritores, poetas e demais habitantes das civilizações que, pouco antes de dormir, apagavam velas.

Aquelas pessoas que viviam de forma mais orgânica, natural, os ciclos do dia e da noite. 400 anos depois, no final do século 19, a reputação do sono mudou consideravelmente. Thomas Edison (não à toa, o sujeito que inventou a lâmpada elétrica) cunhou a frase: “Sono é um criminoso desperdício de tempo, herança de nossos tempos das cavernas”.

O inventor foi um dos principais responsáveis pela invasão da noite pela eletricidade barata e consequentemente pela mudança na importância do sono para a sociedade. Nossa herança agora é outra: para nós, cidadãos do século 21, o sono tem sido visto como pura perda de tempo, sinônimo de prazos perdidos, horas a menos com entes queridos ou relatórios de produtividade.

“Tempo é dinheiro”, diz nosso ditado contemporâneo, como quem diz “quem dorme não pode trabalhar e por isso dormir é inútil”. Muitos estudos da neurociência, porém, têm chamado a atenção para um fato importantíssimo: sim, sono é essencial. Nossas horas de sono são mais úteis e produtivas do que sequer sonhamos. Quando dormimos, o cérebro se ilumina e aproveita essas horas para trabalhar – e trabalhar muito.

DE DESPERDÍCIO DE TEMPO A HORA EXTRA


De dia, nossa biologia se dedica aos trabalhos mecânicos, práticos. De noite, nosso corpo faz uma hora extra: é nesse período que o cérebro se ocupa com uma série de tarefas que esquecemos de fazer por nós mesmos (ou nem saberíamos fazer).

Durante nosso sono, o cérebro:

  1. Desenvolve e fixa nossas memórias, influenciando diretamente nossa capacidade criativa e de inovação.
  2. Faz o que chamamos de processamento emocional (quase como um desfragmentador de disco de nossas emoções). É por isso que pessoas cansadas tendem a esquecer acontecimentos positivos e se lembrar dos negativos e vice-versa.
  3. Gerencia nossas reservas de energia e a reconstrução das vias metabólicas, além de reparar e construir tecidos e eliminar produtos residuais do cérebro – como por exemplo as proteínas beta-amiloides – associadas ao Alzheimer e à demência.

O QUE ESTAMOS FAZENDO COM NOSSO RELÓGIO BIOLÓGICO?


Jogue o primeiro travesseiro quem já tentou dormir, mas não sentiu o cérebro muito inspirado a fazê-lo. Afinal, o que define para nosso cérebro qual é a hora de ir dormir? Cada um de nós possui seu próprio relógio biológico, uma espécie de alarme interno, físico, formado por milhares de células especializadas, que nos diz a hora certa de dormir ou acordar.

Mas nossa sociedade tem brigado cada vez mais com ele, criando três grandes vilões: O relógio social: trabalhamos em turnos da noite, fazemos hora extra, curtimos a noite madrugada afora ou simplesmente usamos um alarme para acordar todas as manhãs, sem perceber que dessa forma estamos reprogramando nosso relógio interno, ou seja, nossa biologia.

A pressão do sono: nosso relógio biológico trabalha de maneira compensatória. Para o nosso corpo, quanto mais tempo passamos acordados de dia, mais tempo precisamos dormir à noite. É um sistema equilibrado que funcionaria bem naturalmente. Porém, infelizmente, nem sempre respeitamos essa lei da compensação e passamos tempo demais acordados ou dormindo.

Esse tipo de descompensação acaba desregulando não apenas as horas que passamos acordados, mas também as horas de sono. É por isso que muitas vezes queremos muito dormir, mas o sono misteriosamente não vem. O ciclo da luz: nossos olhos se desenvolveram para detectar a luz ambiente e associar alta iluminação com o dia (ficamos alertas) e baixa iluminação com a noite (ficamos sonolentos).

Nosso corpo segue o dia e a noite exteriores, criando um ambiente de “dia e noite internos” e regulando nosso metabolismo automaticamente por eles. Não é brincadeira o quanto nossa sociedade moderna confunde nosso corpo, com tantas informações em telas luminosas a todo instante, a qualquer horário.

Todos esses fatores são responsáveis pela quantidade de disfunções de sono que nossa sociedade vive hoje. É um mal global, é endêmico. Essas disfunções estão presentes em quase todas as áreas da sociedade: de altos executivos ansiosos a pessoas geneticamente predispostas, pacientes com doenças graves e até mesmo 26 adolescentes e idosos lidando com mudanças em seus organismos.

E se já é complicado e desagradável o suficiente passar a noite em claro, é importante saber os outros problemas que não cuidar bem do sono pode gerar em nossas vidas. Veja os quadros ao lado. Nossa sociedade está com sono. E temos resolvido esse “problema” causado por nós mesmos com álcool e remédios para dormir ou estimulantes como nicotina e café, para acordar.

Porém, qualquer dessas soluções químicas que provêm de fora do nosso organismo acaba se tornando uma “muleta” química para nosso cérebro, piorando sua própria capacidade de conseguir dormir sozinho. O segredo para dormir melhor não está em um conhecimento inacessível e misterioso: o segredo é prestar atenção.

Entenda se seu corpo precisa de mais ou de menos sono para um dia agradável, lúcido, com as emoções bem organizadas. Veja também no espelho se seu rosto parece cansado, se for mais fácil começar por aí. O importante é conhecer a si mesmo, conhecer seu corpo e dormir bem com ele. Seu cérebro agradece. Não é conversa para boi dormir: é ciência.

DORMINDO POUCO, A CURTO PRAZO

Se interrompermos os períodos de sono profundo de 3 dias a 2 semanas:
  1. sono repentino, que pode gerar graves acidentes;
  2. falta de atenção;
  3. falha para processar as informações corretamente;
  4. impulsividade e perda de empatia;
  5. redução da memória;
  6. redução da cognição e criatividade;
  7. alterações metabólicas (como aumento da fome e consequente aumento de peso).

DORMINDO POUCO, A LONGO PRAZO

Se interrompermos os períodos de sono profundo por mais de 5 anos (se passarmos muito tempo trabalhando à noite, por exemplo):
  1. problemas no sistema imunológico;
  2. aumento no risco de câncer e doenças cardiovasculares;
  3. risco de diabetes tipo 2;
  4. piora em muitos quadros de demência e de doenças mentais – na realidade, a falta de sono está diretamente relacionada a esses quadros, sendo causa e consequência deles, em um círculo vicioso.

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