Para Inspirar

O que é a apneia de tela?

O termo ainda não se popularizou, mas parece ganhar forças para explicar um fenômeno que atinge todos nós em alguma medida

31 de Outubro de 2023


Que estamos todos um pouco cansados de tela, já sabemos. Aqui no Plenae, falamos sobre a prática do doomscrolling e os malefícios que ela acarreta, além de siglas como o FOMO, muito impulsionada pelas redes sociais, o excesso de telas na infância e até o sharenting.

A internet trouxe consigo muita evolução e revolução, e há diversos fatores positivos envolvidos com o seu surgimento. O body positive, por exemplo, é um deles. Assim como a presença indígena nas redes, as opções de entretenimento calmo e até técnicas como ASMR. Mas, é preciso cuidado.

A positividade tóxica que se alastrou pelas redes sociais, lugar onde também impulsionou a dismorfia corporal e o impulsionamento das fake news são outros pontos de atenção que as novas tecnologias também nos trazem. Por fim, temos ainda uma questão mais pontual, mas que pode nos afetar até mesmo fisicamente: a apneia de tela. E é dela que falaremos hoje.

A respiração e as telas

Primeiro, é preciso explicar o que é uma apneia. Te contamos neste artigo o porquê de roncarmos – e as principais vítimas do ronco são as pessoas com apneia do sono. O distúrbio, como explica este artigo do Hospital São Luiz, “a apneia é um distúrbio do sono que afeta a respiração de uma pessoa, fazendo com que ela pare de respirar uma ou mais vezes ao longo de uma única noite de sono”.

Ela é bastante comum e afeta até 35% da população, sendo que boa parte dessas pessoas podem não saber que sofrem disso. A apneia do sono pode levar a outras complicações e suas causas são variadas – de genéticas à anatômicas.
 

Foi pensando nesse distúrbio do sono que criou-se o termo “apneia de tela”. Citado pela primeira vez em 2008 por Linda Stone, ex-executiva da Microsoft, ele surgiu de uma observação da própria, que registrou tudo em um artigo publicado no Huffington Post, altamente acessado, vale dizer.

A executiva percebeu que, mesmo fazendo seus exercícios matinais de respiração, ao abrir o e-mail, sua capacidade respiratória era reduzida ou ficava descompassada. A partir dessa percepção, ela então convidou 200 pessoas para sua própria casa e monitorou seus batimentos cardíacos e respiração enquanto checavam seus e-mails, como conta este artigo da Folha de São Paulo.

A conclusão foi a mesma que ela tivera consigo mesma: 80% deles também apresentavam modificações significativas em suas respirações enquanto liam esses e-mails. Na época, essa conclusão levou o nome de “apneia de e-mail”. Até porque, o contexto do momento não envolvia a quantidade de telas às quais somos expostos hoje.

Em 2020, tanto tempo depois das primeiras conclusões de Stone, um outro especialista escreveu sobre o assunto. James Nestor examinou o fenômeno e trouxe seus próprios pareceres em seu livro de "Breath: The New Science of a Lost Art" [Respirar: a nova ciência de uma arte perdida, em tradução livre].

Por que paramos de respirar?

Agora que você já entendeu o conceito, é hora de investigar porque isso acontece. Em seu livro, Nestor que não evoluímos para sermos "constantemente estimulados" como somos. “Você tem dez telas diferentes abertas. Alguém lhe manda uma mensagem, alguém liga para você, alguém lhe envia um e-mail". O estímulo, afinal, está por toda a parte.

Esse excesso de estímulo culmina nessa respiração superficial por conta de um mecanismo muito comum do corpo humano: nosso sistema nervoso procura sinais para decifrar se trata-se ou não uma ameaça, como explicou Stephen Porges, professor de psiquiatria da Universidade da Carolina do Norte, ao mesmo artigo da Folha.

Esse foco e atenção para entender ao que se está exposto acabam exigindo um esforço mental que desencadeia várias alterações fisiológicas – sendo a respiração mais superficial e desaceleração da frequência cardíaca para "acalmar" o corpo algumas delas.

E mais: quanto mais inesperado for o estímulo, maior a probabilidade de o corpo percebê-lo como uma ameaça. Então, mensagens de trabalho repentinas, por exemplo, podem intensificar essa apneia. Apesar de ser um mecanismo natural e inofensivo do corpo, se ele for muito frequente, pode acarretar outros problemas, como estresse (afinal, o corpo está sob “constante ameaça”, segundo sua percepção) e cansaço.

O que fazer para evitar a apneia de tela

Mas afinal, se estamos todos trabalhando e expostos a telas todo dia, há o que fazer? Sim. A primeira delas é não esquecer de fazer pausas e exercícios físicos sempre que puder, pois o fato de não nos movimentarmos muito quando estamos trabalhando pode contribuir de forma negativa para isso.

Você pode ainda programar alguns alarmes de lembretes ao longo do dia para essas pausas ou até para se perguntar “estou respirando?”. Um indicativo de respiração superficial é estar realizando a mesma pela boca. O ideal é que seja sempre pelo nariz.

Uma maneira fácil para redefinir os seus padrões respiratórios é dando uma respirada audível, daquelas em que a expiração é mais longa e ruidosa – técnica que ajuda, inclusive, a melhorar o humor de forma mais rápida. Optar por telas maiores, onde o seu campo de visão não será tão estreito, pode também ajudar.

Por fim, as dicas valiosas que sempre damos por aqui, cabem igualmente nesse contexto: não se esqueça de reservar alguns momentos para descanso, sobretudo aqueles que não exigem telas, e tenha, sempre que puder, um contato mínimo com a natureza. Isso ajudará – e muito! – o seu sistema nervoso, acredite.

Compartilhar:


Para Inspirar

Duda Schietti em “Tudo que acontece comigo é o melhor que poderia acontecer comigo”

Na quarta temporada do Podcast Plenae - Histórias para Refletir, conheça a jornada de autoestima e autoconhecimento de Duda Schietti

4 de Abril de 2021


Leia a transcrição completa do episódio abaixo:

[trilha sonora] Duda Schietti: Era a realização de um sonho. Eu tinha 23 anos e morava sozinha em Nova York, num apartamento delicioso a duas quadras do Central Park. Me mudei pros Estados Unidos pra passar um ano estudando na Parsons, a melhor escola de moda do país. A vida estava perfeita, até o meu destino mudar pra sempre seis meses depois que eu cheguei na cidade.  [trilha sonora] Geyze Diniz: Um AVC aos 23 anos de idade é um desses acontecimentos inexplicáveis da vida. Lidar com as sequelas da doença não é fácil para ninguém, menos ainda pra uma pessoa tão jovem. Neste episódio, a influenciadora Duda Schietti compartilha sua jornada para curar as feridas deixadas pelo acidente vascular cerebral em um processo de aprendizado contínuo, autoconhecimento e resiliência, sem deixar de ser feliz. Ouça no final do episódio as reflexões da especialista em desenvolvimento humano, Ana Raia, para te ajudar a se conectar com a história e com você mesmo. Eu sou Geyze Diniz e esse é o Podcast Plenae. Ouça e reconecte-se [trilha sonora] Numa sexta-feira como outra qualquer, acordei de manhã, fui ao banheiro e, na hora de escovar os dentes, eu comecei a babar. Olhei no espelho e prestei atenção no meu rosto. Senti uma fraqueza no lado direito, como se o músculo não tivesse força pra mexer a boca e piscar o olho.  Fiquei intrigada com aquela paralisia, mas confesso: não me preocupei tanto. Na época, há nove anos, eu não tinha conhecimento, nem maturidade pra entender a gravidade daquele sintoma. E eu me sentia bem, sem dor ou qualquer mal-estar. Então, vida que segue. Fui almoçar com uma amiga e senti uma leve dificuldade para comer.  Voltei pra casa e, conforme o dia foi passando, bateu uma falta de energia, indisposição e náusea. Como eu sou teimosa, no fim da tarde fui à academia do prédio. Tentei me exercitar, mas era im-pos-sí-vel. Naquela altura, o rosto já estava completamente paralisado. Liguei pra minha mãe, que mora em Londrina, no Paraná, e ela disse pra eu ir ao médico no dia seguinte. [trilha sonora] O médico achou que eu pudesse estar com Paralisia de Bell, uma fraqueza muscular causada por um vírus. Receitou um antiviral e me mandou voltar dali a uns dias. Só que no fim de semana eu piorei, a ponto de não conseguir andar. Depois, eu fui saber que eu tinha perdido a audição do lado direito, por isso eu estava sem equilíbrio.  Minha mãe chegou a Nova York dois dias depois. A essa altura, o pouco que eu conseguia comer, eu vomitava. Quando tentava andar, eu caía no chão. Eu não saía da cama. Voltei no mesmo médico e ele me mandou procurar um neurocirurgião. Senti que o buraco era mais embaixo.  [trilha sonora] Saímos perguntando pros conhecidos, e o amigo do amigo indicou um médico famoso. Eu e minha mãe estávamos muito nervosas na consulta. Por mais que a gente fale inglês fluentemente, não é a mesma coisa se comunicar em outra língua, ainda mais numa situação como aquela. Pra piorar, o médico não foi muito acolhedor. Uma ressonância apontou que eu tinha um cavernoma cerebral, uma má formação no vaso sanguíneo. Eu nasci com isso, mas até então eu não sabia. E provavelmente nunca saberia, se a lesão não tivesse estourado e sangrado, que foi o que aconteceu comigo, do nada. Em resumo, o que eu tive foi um AVC. [trilha sonora] A lesão estava localizada entre o tronco e a medula cerebral, um lugar delicado, de dificílimo acesso. O médico disse que, por causa da localização, não dava pra operar. Falou que o meu corpo ia absorver aquele cavernoma, que não tinha nada pra fazer e era pra eu voltar lá dali a 20, 30 dias.  Não tinha como eu aceitar aquele diagnóstico, eu estava muito debilitada. Minha mãe e eu saímos do consultório inconformadas. O meu pai é médico e concordou que a gente precisava escutar outras opiniões. Ele e minha mãe fizeram vários contatos e graças a Deus nós encontramos um neurocirurgião, especialista em cavernoma, em São Paulo. A gente mandou os meus exames e ele me mandou voltar imediatamente pro Brasil pra operar, porque eu poderia ter outro sangramento. [trilha sonora] Deixei tudo para trás, peguei um voo pra São Paulo e no mesmo dia fui ao consultório. O médico falou sobre a cirurgia e a primeira coisa que eu perguntei foi: “Tá, mas e o meu rosto? Vai voltar ao normal ou vai ficar paralisado pra sempre?” Tenho até vergonha de falar, mas a verdade é que eu não estava preocupada com a minha saúde, e sim com a minha aparência. Daí o neuro respondeu: “Isso eu não posso te garantir”. E continuou: “Você tem que agradecer a Deus que só o seu rosto tá paralisado. Conheci vários casos de pessoas que tiveram exatamente o que você teve e não mexem nada de um lado do corpo. E outras, que o cavernoma afetou a parte cognitiva. Então agradeça que você está andando, mexendo o seu braço e a sua mão, falando e pensando”. Foi um choque de realidade ouvir aquelas palavras. Um verdadeiro chacoalhão.  [trilha sonora] A cirurgia foi marcada para o dia 14 de março de 2013, um mês depois do primeiro sintoma. Na véspera da operação, um médico da equipe foi ao quarto do hospital conversar. Ele explicou que era uma cirurgia de alto risco e pediu pra contar comigo: “A gente precisa da sua calma, precisa que você esteja bem, porque isso faz muita diferença”. Só que até aquele momento, imagina, eu nunca tinha tido nenhum problema de saúde. No máximo uma gripe. Na madrugada, eu tive uma crise, não sei se de ansiedade ou pânico, mas eu me tremia toda. Passei a noite em claro, morrendo de medo. De manhã, antes de eu ir pro centro cirúrgico, minha mãe, meu pai, meus dois irmãos, minha cunhada e eu fizemos uma oração de mãos dadas, pedindo a Deus que conduzisse os médicos da melhor maneira possível. A operação durou 14 horas e deixou uma cicatriz enorme, numa linha reta que sobe da cervical até o topo da minha da cabeça. Acordei na UTI, com a minha mãe segurando a minha mão do meu lado esquerdo, dizendo que tinha ido tudo bem e chorando muito. Tive alta e me mudei pra casa dos meus pais, em Londrina. 2013 foi um ano de recuperação. Eu nem entendia direito o que estava acontecendo. Precisava da ajuda da minha mãe pra tomar banho, pra me trocar. Demorei dois meses pra conseguir estabilizar o equilíbrio e fazer uma caminhada sem apoio de alguém. Naquela época, eu também não tinha ferramentas internas pra lidar com a minha ansiedade, com toda a inquietação que eu estava sentindo. Qualquer dorzinha, podia ser na pontinha do dedo, eu já achava que podia ser o cavernoma de novo. Os quatro anos seguintes foram de infelicidade, angústia e tristeza. Uma fase bem dark em que eu não considero que vivi, mas sobrevivi. Eu sempre fui muito ligada à beleza. Trabalhava com moda, adorava me maquiar, me produzir, me vestir bem. A sequela estética, pra mim, doía como se alguém tivesse enfiado uma faca no peito e quebrado o meu coração em 1 milhão de pedaços. O rosto é o nosso cartão de visitas, a primeira coisa que o outro olha em você e você no outro. É por onde a gente se expressa e demonstra os nossos sentimentos. Eu tinha perdido 96% dos movimentos do lado direito do meu rosto. Ter um sorriso torto me matava por dentro. Eu evitava olhar no espelho, porque eu não gostava do que via. Não queria tirar foto... Logo eu, que sou leão com ascendente em leão. Sempre adorei fazer pose pra câmera e me exibir. Achava que nunca ia voltar a ser feliz. Não entendia porque aquilo estava acontecendo justo comigo, tão vaidosa. Diminuí o convívio social e só queria encontrar pessoas que já sabiam o que tinha acontecido, pra evitar olhares que me incomodassem.  [trilha sonora] Sair desse buraco existencial foi uma longa caminhada, que começou pela alimentação. [trilha sonora] Por causa do susto, eu queria cuidar melhor da minha saúde. Procurei uma nutricionista e passei a comer mais comida de verdade e menos alimentos industrializados e inflamatórios, tipo farinha branca e açúcar. Comecei a consumir produtos orgânicos e a dar importância pra procedência das carnes que eu ingeria. Só com essas mudanças, senti mais energia, meu humor melhorou e o meu sono também.  Eu sempre adorei compartilhar tudo que eu aprendo, e por isso fui dividindo as descobertas com os meus amigos no Instagram. As pessoas gostaram e foram interagindo comigo. Aquela troca me fez bem e me instigou a pesquisar mais sobre esse universo do bem-estar. Fiz um curso de health coach e entendi que eu não me alimento só de comida. Os pensamentos, as emoções, as pessoas ao meu redor, o ambiente e o sono também me nutrem. De maneira orgânica, entrei numa jornada de autoconhecimento, um assunto pelo qual eu não me interessava antes. Eu tinha e ainda tenho uma fé muito grande, mas nada além disso.  O meu estímulo pra fazer exercício também mudou. Antes da doença, eu praticava corrida e fazia musculação, mas confesso: só para ficar magra, não estava nem aí pros benefícios pra saúde. Até eu descobrir o yoga e o conceito de impermanência. A mesma postura que eu fiz ontem perfeitamente bem, pode ser que hoje eu não consiga nem começar, talvez porque a mente está mais agitada ou porque eu não tenha dormido tão bem. E tá tudo certo. O yoga me mostrou que cada dia é um dia. Nós mulheres somos cíclicas como a natureza e precisamos respeitar esse movimento. Com o yoga, veio a meditação, que me ensinou a não me identificar com os meus pensamentos, principalmente na época em que eles eram tóxicos: eu não me achava boa o suficiente e não conseguia mais enxergar beleza em mim.  O maior passo da minha jornada de descoberta de mim mesma eu dei em 2017, quando comecei a fazer terapia. Eu, que sou comunicativa, tinha me fechado numa conchinha. Andava de cabeça baixa e não fazia contato visual com ninguém. Eu tinha vergonha da minha doença e medo do julgamento alheio, até a psicóloga me provocar: “É melhor você começar a encarar essa realidade”. O pontapé inicial foi, literalmente, levantar a cabeça. A psicóloga me falou: “Olha pra cima, para de se esconder!”. A minha lição de casa era ficar de cabeça erguida na sala de espera e cumprimentar os outros, em vez de disfarçar olhando o celular, como eu sempre fazia. Esse pequeno gesto mudou a minha vida. A partir daí, aos poucos, eu fui saindo pro mundo. Comecei a andar de queixo erguido na rua e no shopping. Voltei a frequentar eventos sociais e a conversar com pessoas que eu não conhecia. Me preparei pra, se alguém perguntasse o que tinha acontecido com o meu rosto, contar sem medo de ser julgada. E descobri que, quando eu mostro a minha vulnerabilidade, as pessoas se conectam comigo, são empáticas e se interessam muito mais pela minha história do que pela sequela física.  [trilha sonora] Nessa jornada, compreendi que a gente fica tentando esconder as nossas feridas de nós mesmos. Eu conheço muitas mulheres que têm vergonha de si mesmas, não se olham peladas no espelho, porque não gostam do reflexo. Só que esse caminho não tem sentido. As nossas imperfeições fazem parte de quem nós somos. Me sinto muito honrada quando alguém me pede dicas de como melhorar a autoestima e se aceitar como é. Eu sinto empatia, porque eu sei o que a pessoa está passando.  Ainda tenho minhas questões com a ansiedade e a vaidade, mas sinto que estou caminhando pra minha melhor versão e estou mais inteira para ajudar quem enfrenta situações semelhantes. A minha missão é pegar tudo o que aconteceu comigo e mostrar como eu fui do ponto A pro B. De uma mulher excessivamente preocupada com a aparência e a opinião dos outros, para alguém com mais saúde física, mental e emocional.  [trilha sonora] Ser estilista deixou de fazer sentido pra mim e a minha busca por bem-estar virou uma carreira. Criei um podcast e uma conta de Instagram onde eu compartilho o que eu venho aprendendo ao longo desses 9 anos. Eu falo sobre desenvolvimento humano, espiritualidade, autoconhecimento, cura, saúde mental, nutrição e tudo que compõe o universo holístico. Voltei a morar sozinha, parei de me vitimizar e mentalizo todos os dias o mantra que me ajudou e ainda ajuda: “Tudo que acontece comigo é a melhor coisa que poderia ter acontecido comigo”.  [trilha sonora] Ana Raia: Duda é generosa ao dividir sua história. Com sinceridade, razão e emoção sem qualquer receio ela expõe suas antigas e atuais vulnerabilidades. Sua história deixa claro que a vida acontece sem aviso prévio e que a cada obstáculo que não estava no chamado script confirma sua impermanência. Nenhum de nós tem controle total da vida, mas todos podemos escolher como reagir aos acontecimentos que ela apresenta. Em um primeiro momento, Duda se recolheu e acolheu a dor que vivia dando espaço ao problema até que, em seu ritmo, decidiu mudar. O processo de mudança muitas vezes se inicia quando existe o abandono de nossas expectativas e aceitação da realidade. Se você não encara a realidade, não tem a chance de transformá-la em uma realidade melhor e foi assim com a Duda. Ao aceitar sua nova condição, ela começou a desapegar de antigos valores e mudou a forma como narrava a sua história para si mesma. Até que essa narrativa passou a transformar seu próprio mundo. Quando você muda sua narrativa, você muda a sua realidade. Ao ouvir o relato me lembrei de um trecho de uma poema que chama "A Casa de Hóspedes", que foi escrito pelo poeta persa do século 13, chamado Rumi. Esse trecho diz assim: "O ser humano é como uma casa de hóspedes. Toda manhã uma nova chegada. ​Uma alegria, uma tristeza, uma maldade. Uma percepção momentânea chega como visitante inesperado. Receba e acolha a todos, mesmo se forem uma multidão de tristezas, ​que varre violentamente a sua casa e a esvazia de toda a mobília. Mesmo assim, trate com honra cada convidado pois eles podem estar limpando você​ para a chegada de um novo deleite." E o mantra de Duda tem muito a ver com esse poema. A Duda diz: “Tudo que acontece comigo é a melhor coisa que poderia ter acontecido comigo”. E assim, ela reforça a ideia de que podemos abraçar todos os eventos de nossas vidas de coração aberto e assim viver de forma inteira com coragem, propósito e significado. [trilha sonora] Geyze Diniz: Nossas histórias não acabam por aqui. Confira mais dos nossos conteúdos em plenae.com e em nosso perfil no Instagram @portalplenae. [trilha sonora]

Compartilhar:


Inscreva-se na nossa Newsletter!

Inscreva-se na nossa Newsletter!


Seu encontro marcado todo mês com muito bem-estar e qualidade de vida!

Grau Plenae

Para empresas
Utilizamos cookies com base em nossos interesses legítimos, para melhorar o desempenho do site, analisar como você interage com ele, personalizar o conteúdo que você recebe e medir a eficácia de nossos anúncios. Caso queira saber mais sobre os cookies que utilizamos, por favor acesse nossa Política de Privacidade.
Quero Saber Mais